Depois que a gente passa um longo período com o ritmo alucinante do curso de arquitetura, as férias chegam como um refrescante copo de água para matar a sede.
Esse momento é maravilhoso! Não ter hora para acordar, recuperar leituras, rever a família, colocar as séries em dia, tomar sol... Ah, isso sim é vida!
Porém com o tempo você percebe que o tédio está mais presente na sua vida mais que o normal, pois agora você tem energia de sobra.
O que fazer então? Já pensou em se inscrever em concursos de arquitetura?
Os concursos podem fornecer uma saída construtiva, pois o fato de você não estar mais limitado pelo seu professor de projeto ou pelo currículo da escola, permite que você experimente de forma criativa.
Com diversos concursos internacionais acontecendo o tempo todo, você pode escolher de acordo com seus interesses individuais e da quantidade de tempo que deseja dedicar.
No entanto, o grande número de concursos disponíveis pode também ser altamente confuso. Aqui, listamos sete das mais prestigiadas competições anuais de arquiteturas abertas aos estudantes:
Vencedor 2017: IN’N’OUT VILLAGE / Agnieszka Kołacińska and Jakub Andrzejewski. Cortesia de 120 Hours
Geralmente acontece: Fevereiro
Organizado de forma independente por estudantes da Escola de Arquitetura e Design de Oslo, 120 Hours funciona sem fins lucrativos - não cobra nenhuma taxa de participação - e é baseado em tópicos. Este ano, o concurso incluiu 3024 participantes de 79 países, enquanto os vencedores foram selecionados por um júri liderado pelo arquiteto acadêmico Jan Olav Jensen.
Vencedor 2017 Fairy Tales: Last Day / Mykhailo Ponomarenko. Cortesia de Blank Space
Geralmente acontece: Setembro – Dezembro.
Organizado pela plataforma on-line baseada em Nova Iorque, Blank Space, Fairy Tales convida arquitetos, designers, escritores, artistas, engenheiros, ilustradores, estudantes e outros criativos para enviarem seus próprios contos de fadas arquitetônicos únicos. Uma entrada bem sucedida faz uma narrativa de texto através de cinco imagens da maneira mais espetacular possível.
3. eVolo: Concurso de arranha-céus
Vencedor 2017: Mashambas Skyscraper / Pawel Lipiński, Mateusz Frankowski. Cortesia de eVolo
Geralmente acontece: Julho – Fevereiro.
Fundada em 2006 pela revista de arquitetura e design eVolo, o concurso anual Skyscraper é um dos prêmios mais prestigiados do mundo para arquitetura de arranha-céus. Ele faz as seguintes perguntas:
O que é um arranha-céu no século XXI? Quais são as responsabilidades históricas, contextuais, sociais, urbanas e ambientais dessas megaestruturas? eVolo reconhece ideias notáveis que redefinem o projeto de arranha-céus através da implementação de novas tecnologias, materiais, programas, estética ou organizações espaciais. Arquitetos, estudantes, engenheiros e designers de qualquer lugar do mundo podem participar.
Vencedor 2016: Energized Canopy / Romain Dechavanne. Cortesia de Architecture at Zero
Geralmente acontece: Maio – Janeiro.
Este concurso, agora em seu sétimo ano, foi concebido como uma resposta às metas de energia limpa estabelecidas pela Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) em seu relatório de 2008.
O desafio é criar um projeto eficiente em termos de energia, enquanto a revisão final inclui uma avaliação dos componentes técnicos do projeto.
Architecture at Zero é aberto a estudantes, arquitetos, arquitetos paisagistas, planejadores urbanos, engenheiros e designers em qualquer lugar do mundo, e o registro de estudantes é gratuito.
Este ano, até $ 25.000 no total de premiações serão atribuídos a vencedores de estudantes e profissionais.
Vencedor 2017: Palestine: The Right to Water / Majed Abdulsamad, Jun Seong Ahn, Maria Isabel Carrasco, Haochen Yang. Cortesia de Shelter Global
Geralmente acontece: Janeiro – Abril.
Organizado pela organização interdisciplinar sem fins lucrativos Shelter Global, a intenção deste concurso é promover novas ideias conceituais sobre como lidar melhor com a crescente densidade de cidades não planejadas.
É solicitado aos participantes que considerem como o projeto pode capacitar as comunidades e permitir um futuro auto-suficiente.
A competição limita as restrições aos participantes para dar-lhes a liberdade de pensar da maneira mais criativa possível: não há restrições quanto ao lote, programa ou tamanho.
Arquitetos, estudantes, engenheiros, designers, pensadores, ONGs e organizações são convidados a participar sem exigência de qualificações profissionais.
Vencedor 2016: Agrishelter / Narges Mofarahian. Cortesia de What Design Can Do
Geralmente acontece: Maio – Setembro.
Trabalhando em parceria com IKEA e Autodesk, What Design Can Do (WDCD) foi iniciada em 2011 como uma plataforma para mostrar o design como um catalisador de mudança - uma maneira de abordar as questões societárias do nosso tempo - e não apenas algo que torna as coisas bonitas.
Enquanto o edital do concurso de 2016 tratou da crise dos refugiados, a WDCD escolheu concentrar sua atenção nas mudanças climáticas nos próximos dois anos, convidando estudantes, profissionais criativos e startups imaginativas de todos os países e disciplinas para participar.
Curiosamente, a concorrência também permite que os participantes criem brief's personalizados, dependendo da sua abordagem de design, assunto de interesse e localização do projeto.
Os vencedores, selecionados e avaliados por um júri internacional, compartilham um pacote de prêmios no valor de € 900,000, que inclui um orçamento de produção do projeto.
7. The Berkeley Prize: Concurso de redação de ensaios
Geralmente acontece: Fase inicial em Setembro – Novembro. Fase de Semi-finalistas entre Dezembro e Fevereiro.
Fundada em 1998, o Prêmio Berkeley é sancionado pelo Departamento de Arquitetura da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Aberto apenas aos alunos de arquitetura de graduação em tempo integral, o concurso encoraja os participantes a expandirem sua educação acadêmica, entrando em suas comunidades e investigando como o ambiente construído serve melhor e reflete a vida cotidiana daqueles para quem projetamos.
A cada ano, é selecionado um tema crítico para a discussão da arte social da arquitetura e uma questão relacionada é posta; os alunos são convidados a enviar uma proposta de ensaio de 500 palavras como resposta.
A partir deste conjunto de ensaios, cerca de vinte e cinco concorrentes selecionados vão às semifinais onde são convidados a enviar um ensaio de 2500 palavras, expandindo suas propostas.
Matéria publicada originalmente pelo site ArchDaily Brasil em 09/08/2017
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