Na postagem 21 dicas para se ter uma vida bem sucedida em arquitetura um dos itens abordados era a necessidade do arquiteto se envolver com a comunidade, pois 98% das população não tem como bancar um projeto de arquitetura.
E nem é preciso dizer o quanto a arquitetura é importante, né?
Foto: A.gor. Architects
Casa - Mae Pa (Tak) - Tailândia - 2014
Arquitetura: A.gor. Architects
Pensando nisso e sabendo das notícias de várias comunidades que perderam sua moradia, seu local de trabalho e renda depois do rompimento da barragem de Fundão no munícipio de Bento Rodrigues, em todas as comunidades por onde a lama passou até chegar no mar e ainda nas comunidades que perdem tudo com as chuvas...
O que acha de propor aqui no Brasil um trabalho como esse?
Patrick McLoughlin é um dos fundadores do Build Abroad, uma organização voluntária que oferece serviços de arquitetura e construção em nações em desenvolvimento.
Neste artigo, publicado pelo site Archininja, ele compartilha com os leitores as 5 razões porque arquitetos devem se envolver em organizações deste tipo:
"Muitos escritórios de arquitetura colaboram com organizações não governamentais no auxílio a países em desenvolvimento.
A A.gor.a Architects , por exemplo, está atualmente projetando e construindo uma nova clínica médica que proporcionará atendimento médico a refugiados e imigrantes na Birmânia.
Foto: A.gor. Architects
Centro de Saúde - Mae Sot (Tak) - Tailândia - 2012
Arquitetura: A.gor. Architects
O Auburn University Rural Studio, por sua vez, trabalha com arquitetos e estudantes para construir residências em comunidades rurais e ao mesmo tempo, instigar a ação comunitária, a colaboração e a sustentabilidade.
Diversas organizações também facilitem a construção voluntária. A Architecture for Humanity oferece serviços de arquitetura, planejamento e projeto voltados para a reconstrução após desastres naturais.
A Architects without Borders é uma operação global que oferece uma assistência de projeto ecologicamente sensível e culturalmente apropriada para comunidades carentes.
Foto: Architectura for Humanity
Ao longo da última década, o voluntariado em outros países se tornou muito popular e uma parte importante da indústria da arquitetura e da construção.
O voluntariado oferece oportunidades de curto e longo prazo para experienciar a cultura de cada local e, ao mesmo tempo, dar um retorno à comunidade.
A construção voluntariada oferece o potencial de um impacto mais duradouro nas comunidades em questão.
Segundo ele, esses são os benefícios e como podemos fazer a diferença:
1. A construção proporciona um impacto físico duradouro:
Construir uma casa ou escola para uma comunidade carente é uma representação tangível do desenvolvimento.
Diferentemente de outras formas de voluntariado, pode-se ver e experienciar a diferença física por muito tempo depois que o período de voluntariado termina.
2.A construção incentiva o envolvimento comunitário:
Projetos de construção frequentemente incentivam a participação comunitária ativa.
Quando faz voluntariado, o papel do arquiteto é facilitar o crescimento a partir do interior da comunidade, rompendo a visão do "arquiteto visionário".
Foto: Hug It Foward
Bottles Schools - Guatemala - 2015
Arquitetura: Hug It Foward
Um dos meus favoritos organizações , Hug it Forward construiu escolas na Guatemala a partir de garrafas plásticas recicladas. Os membros da comunidade , incluindo crianças , trabalho para limpar as ruas coletando milhares de garrafas . As garrafas são então utilizados como material de construção .
3. Projetos de construção servirão à comunidade por anos:
Em 2008 contruí uma escola e Gana com a Miami University. Foi um programa de projeto e construção que durou seis semanas.
A experiência me inspirou a criar o Build Abroad. Embora não tenha retornado a Gana desde a construção, sei que o trabalho que realizei ainda está servido à comunidade.
4. A construção pode causar um impacto ambiental:
Uma das maiores organizações humanitárias de arquitetura é o Architecture for Humanity, que desenvolve projetos de responsabilidade social e ambiental.
A incorporação de materiais locais é uma das estratégias mais sustentáveis que podem ser empregadas quando se constrói em outros países.
Foto: Building Trust Internacional
Casa - Camboja - 2015
Arquitetura: Building Trust Internacional
A Building Trust International é outra organização que organiza concursos para explorar como a arquitetura e a construção podem atender as necessidades das comunidades.
5. A construção pode ajudar diretamente outras oportunidades de serviço:
Cada construção serve a um propósito: uma escola serve como lugar de aprendizado dos alunos; uma casa oferece abrigo a um trabalhador da comunidade e sua família; um novo equipamento hospitalar oferece um local para as pessoas se curarem."
*Patrick McLoughlin e Chad Johnson que se conheceram na escola de arquitetura e que queriam encontrar um meio de contribuir com os países em desenvolvimento, oferecendo a eles serviços de arquitetura e construção.
E você aí que está cheio de sonhos e energia?
Não é preciso ir tão longe para ser voluntário, você tem muitas comunidades que precisam de todo o seu conhecimento e talento de arquiteto para mudar a vida delas.
Animado?
Então, mãos á obra!
Leia também:
Sou arquiteta e gostaria de ser voluntária como faço
ResponderExcluirBom dia, Maria Cecília!
ExcluirPara ser voluntária é preciso antes de mais nada ter em mente que a troca não é financeira e quando há só consegue cobrir o custo.
Você pode individualmente oferecer seu serviço em instituições que precisem do
seu conhecimento em Arquitetura, ou pode fazer parte de um grupo que intermedia as demandas necessárias de uma situação com profissionais de diferentes áreas de forma voluntária.
Você pode se cadastrar no site Voluntários http://www.voluntarios.com.br/profissionalismo.htm , caso apareça uma demanda eles podem acionar você.
Ou também na UTPMP – UM TETO PARA MEU PAÍS, que fica na
R. Artur Riedel, 99 - Alto de Pinheiros, São Paulo – SP, 05491-080
tel: (11) 3675-3287 – (11) 2366-5053, eu não conheço esta organização, mas já ouvi dizer que eles fazem um trabalho muito bacana em toda a América Latina.
Os trabalhos voluntários que fiz chegaram até mim através das próprias instituições que ajudei, nesse caso, os diretores de uma creche numa região de risco, e a diretora de um Centro de Estudos Espíritas.
Espero que tenha ajudado você.
Att.
Elyzia